De pé, público lota teatro em Curitiba para show de
Ringo Starr.
Ex-beatle encerrou passagem pelo Brasil com show na
quinta-feira (31). Mais de 2 mil pessoas assistiram ao
show do músico e sua 'All Starr Band'.
Todos de pé. Não que as cadeiras do Teatro Positivo,
em Curitiba, deixassem a desejar no quesito conforto,
mas para os mais de dois mil espectadores que ali
estavam na noite de quinta-feira (31), qualquer
centímetro mais próximo de Ringo Starr merecia ser
ocupado. Afinal, não é todo dia em que se assiste ao
vivo ao show de um ex-beatle.
Mais precisamente, desde 1993 os curitibanos não
tinham a oportunidade de ver na cidade o show de um
dos integrantes da maior banda de todos os tempos.
Vinte anos depois que Paul McCartney encheu a Pedreira
Paulo Leminski, foi a vez do ex-baterista tocar pela
primeira vez na capital paranaense com sua All Starr
Band, fechando mais uma passagem pelo Brasil.
O setlist foi bastante parecido com o do show de terça-
feira (29), em São Paulo, com exceções das músicas
tocadas por Richard Page, que ficou apenas no backing
vocal na apresentação em Curitiba . Foi com um cover
de Carl Perkins – Matchbox - que Ringo deu início ao
show com a famosa pontualidade britânica, às 21h30.
Era o que o público esperava para se levantar e
acompanhar a sequência que se seguiu com "It Don’t
Come Easy" e "Wings".
Pedindo “paz e amor” repetidas vezes, Ringo conduziu o
show alternando-se entre a bateria e o microfone –
nestas ocasiões, arriscava danças desajeitadas – o que
talvez seja normal para quem se acostumou a se
posicionar sentado, atrás de uma bateria. Outro trejeito
marcante ao longo da carreira, que Ringo não deixou de
exibir, foi a ironia afiada. “Como vocês sabem, eu sou
Ringo Starr, e essa é minha banda”, anunciou ao fim das
três primeiras canções.
A apresentação da banda foi a senha para que ele
voltasse ao local onde se consagrou – bateria. De lá, ele
acompanhou Todd Rundgren tocar “I Saw The Light”,
Gregg Rolie apresentar uma versão para “Evil Ways”, de
Santana, e Steve Lukhater e Mark Rivera mostrarem uma
versão de Rosanna, da banda Toto. Apesar da clara
preferência pelas músicas de Ringo, evidenciadas nos
gritos entre uma canção e outra, o público permaneceu
de pé e cantou também as canções dos convidados.
Ringo voltou ao microfone cantando a primeira das
canções do Beatles da noite – “Don’t Pass Me By”. E o
fez novamente com a típica ironia. “Vocês devem se
lembrar dessa música daquela banda na qual eu
costumava tocar”, anunciou, para riso geral. Intercalado
por “Bang The Drum All Day”, de Rundgren, a
beatlemania foi alimentada com “Boys” e “Yellow
Submarine”, e respondeu com bexigas amarelas
espalhadas pelo teatro.
Ex-beatle tocou com a 'All Starr Band'
Após nova alternância com a versão de Rolie para “Black
Magic Woman”, Ringo trouxe mais um cover de Carl
Perkins, também cantada pelos Beatles – “Honey Don’t”
– que foi seguida de uma das mais novas canções do
ex-beatle – “Anthem For Peace And Love”.
Lukather e Rivera voltaram à carga com “Africa”,
seguidos de “Everybody is Everything”, com Rolie. Após
uma breve saída do palco, que levou uns e outros a se
sentarem, Ringo retornou com mais uma que ficou
marcada pelos Beatles – “I Wanna Be Your Man”.
Rundgren seguiu o show com “Love is The Answer”,
Rolie retomou o cancioneiro de Santana com “Oye Como
Va”, e a dupla Lukhater e Rivera fecharam a sequência
com “Hold The Line”.
Irreverente, Ringo fingiu que atendia pedido da plateia
quando anunciou que tocaria “Photograph” – canção
composta por ele e George Harrison , um dos maiores
sucessos da carreira solo do ex-baterista. Não que o
público não quisesse ouvir a clássica, mas com o
avançar da hora, a expectativa crescia para o “grand-
finale” – que veio com uma sequência de canções dos
Beatles e John Lennon .
“Act Naturally”, gravada originalmente por Buck Owens e
interpretada por Ringo na banda inglesa, foi a primeira
delas. Para fechar a apresentação, um medley de “With a
Little Help From My Friends” e “Give Peace a Chance”
deixou no público uma mensagem que, assim como
Beatles e Ringo, nunca sai de moda.
-Por Fernando Castro
-Do G1 PR
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